sábado, 28 de fevereiro de 2009

Algures no Campo Grande




Era uma vez um homem da ala de psiquiatria do Hospital Júlio de Matos, vamos apelida-lo de Júlio (muito original, eu sei).
Depois era uma vez um homem banal a quem vamos chamar de Zé, ainda mais original eu admito!

O Zé vinha do seu trabalho banal, a horas banais, pelo seu percurso banal, que por acaso incluía passar ao lado do Hospital, claro que o Zé olhava sempre com anseio banal a ala psiquiátrica, mas hoje iria ter uma experiência fora do seu ímpeto banal, um encontro imediato com um dos doentes da ala, e não por ter combinado tal encontro na sua agenda banal, mas porque o homem se encontrava no pátio junto à cerca.

O Zé, claro está, sentiu o nó banal na garganta ao ver tal criatura no seu raio de acção.

Psstt - Chamou o Júlio

O Zé ignorou primeiramente. Mas a sua curiosidade menos banal lá despertou. (Que será que ele quer, bem não há-de haver mal, ele está do outro lado da vedação), pensou o Zé.

E o Júlio disse,
Como é estar aí dentro?

História baseada em factos reais

Sem comentários: